quarta-feira, 28 de outubro de 2009

História de Valença

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Em meio a uma região de topografia suave, temperada e amena, situa-se o município de Valença, localizado na região sul-fluminense, entre os vales dos Rio Preto e Rio Paraíba do Sul. Sua história é culturalmente ligada a seus primeiros habitantes, os índios denominados Coroados, descendentes dos Puris e Araris.

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Em 1789, por motivos de ataques dos índios aos habitantes da região e às suas lavouras, Dom Luiz de Vasconcellos e Souza, Vice-Rei do Brasil, ordenou que fosse iniciada sua catequese. Dessa missão foram encarregados Ignácio Werneck, Capitão de Ordenanças do termo de Alferes e José Rodrigues da Cruz, dono de sesmaria. Tratavam-se de pessoas que gozavam de grande prestígio e respeito. Para ensinar a religião católica aos índios e administrar-lhes os devidos sacramentos foi nomeado para o cargo de capelão, o Padre Manoel Gomes Leal. Penetrando nos territórios dos índios cativando-lhes as simpatias, construíram uma tosca capela, hoje Catedral de Nossa Senhora da Glória. Estava assim criada a Aldeia de N. Srª da Glória de Valença, nome dado em homenagem ao Vice-Rei Dom Fernando José, de Portugal, descendente da Família dos “Valenças”.

Em 1807, tal era o desenvolvimento da localidade, que o governo, por Carta Régia de 19 de agosto, conferiu-lhe o predicado de Freguesia. Anos depois, em 17 de outubro de 1823, por novo alvará foi elevada a categoria de Vila. Em 29 de setembro de 1857, pelo decreto nº 961, a Assembléia Legislativa Provincial do Rio de Janeiro, elevou a Vila de Valença à categoria de Cidade.

Além da Freguesia de N. Srª da Glória, foi criada em 1839 a Freguesia de Santo Antônio do Rio Bonito (Conservatória), antiga aldeia dos índios, fundada em 1824; também a Freguesia de Santa Isabel do Rio Preto, em outubro de 1851; a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade da Ipiabas, de setembro de 1852; a Freguesia de Santa Tereza (Rio das Flores), de outubro de 1855. Além dessas Freguesias compreendia o município as localidades de Desengano (Barão de Juparanã) e São Sebastião do Rio Bonito (Pentagna) e, mais tarde, já como distrito, a localidade de São Sebastião do Rio Preto (Parapeúna), em janeiro de 1924. Em 1888, a Freguesia de Ipiabas foi desmembrada do município, para a iniciação do município de Barra do Piraí e o mesmo aconteceu em 1890 com a Freguesia de Santa Tereza (Rio das Flores).

Os primeiros povoadores do município de Valença eram todos agricultores, na maior parte antigos moradores das Freguesias de Paty do Alferes e Sacra Família, tendo aberto seus estabelecimentos nas primeiras Sesmarias que foram concedidas. Também participaram os imigrantes de outras nacionalidades, muitos deles italianos, que aqui vieram se instalar com o mesmo propósito. A imigração das famílias, vindas da província de Minas Gerais, começou mais tarde.

A fundação de Valença está intimamente ligada ao passado monárquico brasileiro e sob dois aspectos de interesses do período: o ouro, com caminhos que por Valença passavam, e a agricultura, principalmente a do café. A cidade se destacava na província pelas suas fazendas de café de proporções notáveis e os muitos titulares de nobreza estabeleciam ligação e influência na Corte.

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Grande personalidade de destaque durante este período e talvez a mais importante face ao vulto de seu trabalho e esforço por Valença, foi Domingos Custódio de Guimarães, “Visconde do Rio Preto”. Instalando-se na região por acreditar na terra e em seu rico potencial, comprou duas fazendas,  “Flores do Paraíso” e “Luanda”, com cerca de 200 escravos. Aos poucos, foi comprando outras propriedades, com a intenção de plantar café e criar gado. Por necessidade comprou mais 500 escravos, embora nunca fosse escravocrata e ao contrário tratava-os com respeito e amizade. Chegou mesmo a possuir uma orquestra particular composta por 80 escravos, tendo-lhes ministrado ensino, pois já percebera, como homem de visão, a grandeza da causa. O Visconde do Rio Preto era homem de grande coração e a causa da pobreza o emocionava, tendo sido considerado em todos os sentidos um benfeitor, filantropo e amigo dos humildes e carentes. Os historiadores são unânimes em apontá-lo como “patronese” de inúmeras causas de assistência social, centros de amparo, auxílio e alimentação a pobres e carentes.

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Inegavelmente, o Visconde do Rio Preto contribuiu muito para o desenvolvimento de Valença. Entre seus muitos feitos, comprou o prédio mais belo da época, localizado ao lado direito da Matriz de N. Srª da Glória, destinando-o à educandário. Inicialmente, do sexo masculino, depois passou a ter várias ocupações além do ensino, servindo até de residência para herdeiros e outras pessoas. Depois de sofrer um incêndio em 1901 e passar por algumas reformas, em 23 de abril de 1921 transformou-se no Grupo Escolar Casemiro de Abreu - Grupo Escolar Benjamim Guimarães.

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Outros feitos também o consagram, destacando-se a construção da capela de N. Srª dos Passos, local conhecido como Capela do Santíssimo, ao lado direito da Igreja Matriz. Foi provedor da Irmandade da Santa Casa de 1863 a 1868 e também, nesse período, Presidente da Câmara Municipal. Em 1861, com seus próprios recursos financeiros mandou construir o pavimento superior da Câmara. Logo depois em 1863, doou os encanamentos e torneiras d’água, para o abastecimento da cidade. Em 1865 construiu e deu uso público, a estrada de rodagem desde a Fazenda Santa Rosa até a localidade de Taboas. Mandou também construir o seu belíssimo Palacete, que hoje é o Colégio Estadual Theodorico Fonseca. Faleceu em sua propriedade na Fazenda do Paraíso, no dia 07 de setembro de 1868, coincidindo essa com seu aniversário e também inaugurava-se a Estrada de Ferro União e Indústria até Porto das Flores.

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Mais do que uma luta em prol do desenvolvimento de Valença e de toda região, o Visconde do Rio Preto nos deixou enorme exemplo de espírito humanitário e de uma vida honrada e dedicada ao bem comum. Outro feito significativo e de grande importância para a região foi em 19 de junho de 1865, o esforço que empreendeu em conjunto com outros abnegados homens públicos, para a instalação da Estrada de Ferro União Valenciana. Juntaram-se aos esforços do Visconde do Rio Preto, a Câmara Municipal, e o espírito desbravador de Manoel Antônio Esteves, português, comerciante da vizinha cidade de Vassouras e proprietário da Fazenda Santo Antônio do Paiol, em Valença. Em 18 de maio de 1871, estava  aberta ao tráfego a Estrada de Ferro União Valenciana, a primeira estrada de bitola estreita construída no Brasil, tendo, em sua inauguração, a presença do Imperador. A estrada de ferro saía de Barão de Juparanã, da Estrada de Ferro D. Pedro II, passando por Valença, indo até a fronteira davalenca_foto_economicos_antigaestacao Província de Minas Gerais, favorecendo o escoamento da produção de café e o progresso da região. Os seus primeiros administradores foram o engenheiro Dr. Herculano Velloso Ferreira Penna, que também foi seu construtor, o comendador Pedro Moreno de Alagão, Dr. João Gomes Ribeiro do Val, Dr. João Carvalho Borges Jr. e Dr. Antônio de Noronha Gomes da Silva. A referida estrada em 12 de outubro de 1910, foi vendida a estrada de Ferro Central do Brasil.

Rodoviária - Valença

No período de construção da estrada de ferro, a cidade de Valença era considerada como a mais importante para a Província do Rio de Janeiro, pois seu comércio era próspero e se desenvolvia a cada dia que passava. Seus armazéns comerciais recebiam grandes quantidades de café produzidos nas lavouras da região e comercializados em outros lugares. Valença se tornou conhecida como “Cidade dos Marqueses”, por ter sua própria rede ferroviária. Tais nobres eram prestigiados na côrte, fazendeiros riquíssimos e comerciantes audaciosos, que serviam de ligação entre a próspera Província de Minas Gerais e o Rio de Janeiro.

A cada dia a Campanha da Abolição foi tomando corpo, e em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel, na Regência do Império, assina a Lei Áurea, proclamando a libertação dos escravos, criando um imenso problema econômico no país. Valença, repentinamente, entrou em colapso. Sendo importante zona cafeeira, sua lavoura foi apanhada de surpresa, e a colheita teve praticamente perda total. Sem o braço escravo, os proprietários de fazendas começaram a ter dificuldades em honrar seus compromissos. As propriedades, abandonadas tiveram o mato substituindo a lavoura e vieram as queimadas, em sua maior parte por mãos criminosas, ficando grande parte do então rico município reduzido à pastagens. A dificuldade foi imensa, pois milhares de escravos deixaram os campos e a sua produção e, vieram à cidade, onde precisavam alimentar-se, além de procurar emprego. Os comerciantes se assustaram, o desânimo foi total, pois faltavam gêneros alimentícios de primeira necessidade. Poucas fazendas, simpáticas à causa abolicionista ficaram com seus ex-escravos como empregados. Certamente, o aumento da pobreza foi inevitável. Os imóveis iam se desvalorizando por completo, existiam proprietários que os cediam gratuitamente, com a condição única de os inquilinos procurarem manter a conservação dos mesmos. A situação da cidade de Valença tornou-se precaríssima, sem lavouras, sem indústrias e com um comércio fraco.

Com o surgimento desta crise, com ela os possíveis ataques de ex-escravos, pobres e necessitados de toda espécie, foi deliberada pela Câmara Municipal, em 06 de julho de 1888, a instalação de uma rede telefônica ligando Valença a Barra do Piraí, para caso de necessidade da presença de forças policiais para este município. A rede foi instalada por Antônio Fernandes Netto, que importou todo o serviço. Nesta ocasião, Nicolau Vito Pentagna, sócio da conceituada casa comercial Pentagna & Sampaio, conseguiu ligar diversas Freguesias por meio de uma outra rede telefônica, a Estação Central, instalada no interior de sua casa comercial.

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A família Pentagna, de imigrantes italianos, como outras personalidades do período, foram de grande importância para uma nova época de desenvolvimento em Valença. Com vários empreendimentos comerciais e industriais, deram forte impulso a uma nova era da economia da cidade. Vito Pentagna, homem que se destacava pelas suas iniciativas, tornou-se um dos lavradores mais prósperos do município, com suas propriedades: a Fazenda Santa Rosa e Pau D’alho. Italiano de nascimento, casado com Urbana Ribeiro de Castro, o seu maior ideal era o engrandecimento de Valença. Em 15 de novembro de 1889, ao ser Proclamada a República, Valença passa por um novo período, de adaptação ao novo regime político. Apesar da considerável queda do câmbio e da moeda, gerando oscilações principalmente nos centros produtores, Valença dava mostra de aguerrida liderança industrial. Aos poucos a sociedade foi se organizando, iniciando-se um período promissor com um parque industrial pequeno e insipiente, porém em grande expectativa. As famosas reuniões sociais, políticas e religiosas, geraram um sentido grupal de desenvolvimento da cidade, com grande entusiasmo. As conseqüências logo se fizeram presentes. Em junho de 1901, instalava-se em Valença, no Teatro Glória, na Praça Visconde do Rio Preto, o Cinematógrafo. Suas projeções eram feitas de gás hidrogênio, pois não havia energia elétrica.

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Em 14 de agosto de 1904, teve a nossa cidade, a honrosa visita do Dr. Nilo Peçanha, então Presidente do Estado do Rio de Janeiro, recebido com muito carinho pela família valenciana, sendo inaugurada, nesta data, a placa comemorativa da Avenida Nilo Peçanha, que antes se chamava Rua São José. O presidente, muito feliz com a acolhida, prometeu aos dirigentes políticos que voltaria todos os seus esforços em benefício do progresso do município de Valença.

Em 13 de junho de 1905, com inauguração concorrida, o Major Antônio José Soares fundava uma fábrica de cigarros com os maquinários movidos a vapor, denominada “Fábrica de Cigarros Santo Antônio”. Mais uma indústria na nova fase de Valença e que concorria para o surto do desenvolvimento gradual do município.

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No mesmo ano, José da Siqueira e Silva da Fonseca, valenciano de nascimento, muito moço e revelando grande capacidade comercial, convidou o Coronel Benjamim Ferreira Guimarães, comerciante esclarecido e forte em Minas Gerais, para juntos fundarem em Valença, uma fábrica de tecidos de algodão. Existia um edifício próximo à Estação Ferroviária que teria como projeto inicial a instalação de uma indústria, mas tal fato não aconteceu. José da Siqueira e o Coronel Benjamim Guimarães, em fevereiro de 1906, adquiriram a propriedade e fundaram a “Companhia Industrial de Valença”. Não satisfeitos e para suprir as necessidades de sua indústria, os diretores da companhia solicitaram à Câmara Municipal permissão para a instalação da iluminação elétrica na cidade, em substituição à de querosene, sendo inaugurada em 9 de março de 1907.

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Logo, mais dois benfeitores se destacam: O Comendador Antônio Jannuzzi e Henrique Leothold, que em dezembro de 1913, resolvem instalar na cidade a “Companhia de Rendas e Bordados Dr. Frontin”, produzindo bordados com dez máquinas do tipo lançadeira, todas importadas da cidade de Plauen, na Alemanha Oriental.

Em 16 de março de 1932, após algumas mudanças de proprietários e razões sociais, a empresa , já com o nome de “S/A Tiras Bordadas e Rendas Valencianas”, foi adquirida pela ”Cia Nacional de Rendas e Bordado S/A”, do grupo Matheis, sendo conhecida no mercado nacional e internacional com o nome de “Fábricas Unidas”.

Os valencianos tinham motivos de sobra para euforia, a esperança de dias melhores era enorme e estavam sendo dado os primeiros passos para o soerguimento da cidade. A família Pentagna, através de Vito Pentagna, resolve, em janeiro de 1913, lançar a pedra fundamental de mais uma indústria no município, a “Companhia de Fiação e Tecidos Santa Rosa“, iniciando imediatamente a construção do prédio, que ficou pronto em fevereiro de 1914. Em 15 de setembro de 1914, Vito Pentagna inaugura, na Fazenda Pau D’alho, uma Usina Hidrelétrica de grande importância, que passou a gerar energia para melhorar a iluminação da cidade e atender as necessidades de sua fábrica. Em 30 de setembro de 1914, próximo à inauguração de sua obra industrial, Vito veio a falecer. A Companhia Santa Rosa tornou-se de grande destaque em nossa economia, junto com outras indústrias, sendo responsáveis pelo desenvolvimento industrial e social, geradora de inúmeros empregos e tornando a cidade próspera, com atenção no mercado nacional e internacional.

Por ter seu clima especial e muita área verde, rodeada de diversas fazendas e com seus belos atrativos naturais, várias diversões, carnavais famosos, clubes e teatros, a cidade também passou a ser procurada pelos primeiros turistas, que vinham divertir-se, gastar, comprar e mesmo ficar por aqui, instalando-se em hotéis confortáveis da época, e comprando propriedades com o intuito de se fixarem.

Entre as obras de grande importância para Valença, ainda temos que destacar os seguintes fatos:

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- Em 17 de janeiro de 1854, foi lançada a pedra fundamental para a construção do Prédio da Câmara Municipal, sob os cuidados do engenheiro civil Antônio Pinto de Figueiredo Mendes. Nesse mesmo prédio foi instalada a Biblioteca Municipal em 5 de maio de 1874, contando com mais de 5.000 volumes.

- No dia 15 de junho de 1864, sob a denominação de “Loja Capitular União” foi fundada a Loja Maçônica, tendo como seu primeiro Venerável, José Francisco de Araújo e Silva.

- Em 5 de maio de 1910, era inaugurada a Estação Telegráfica Nacional, seu primeiro telegrafista foi Carolino Gomes de Carvalho.

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- Em 25 de fevereiro de 1912, foi inaugurado o “Centro Espírita de Valença”, por iniciativa de Raul Barbosa Giesta. Com a aprovação dos estatutos, a sua direção, em 6 de fevereiro de 1913, adquiria 2 prédios, próximo ao prédio da Câmara Municipal, para a instalação do Centro.

- A “Igreja Evangélica Presbiteriana” foi inaugurada em 18 de março de 1923 e seu pastor era o Rev. Constâncio Homero Omegna.

- No início do ano de 1900, foi implantado o 1º Grupo de Artilharia de Montanha, que teve seu efetivo extinto em 1915. Posteriormente, em 23 de março de 1918, a unidade foi restabelecida, tendo como seu comandante o Major André Trajano de Oliveira. Em 18 de junho de 1919, o contingente militar passou a denominar-se 5º Grupo de Artilharia de Montanha, seus comandantes eram os Tenentes - Coronéis Pedro Frederico Leão de Souza, Armando de Oliveira e André Trajano de Oliveira.

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- Em 4 de maio de 1868, em contrato firmado com João Marques Faria, lançou-se a pedra fundamental para a construção do “Teatro da Glória” sendo construído na Praça Visconde do Rio Preto. O prédio pertencia a uma empresa denominada de “Companhia Regeneradora”, mais tarde passando a pertencer à família Pentagna.

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- Chafariz da Praça XV de Novembro (Jardim de baixo). Inaugurado em 02 de dezembro de 1850, em comemoração ao aniversário do Imperador D.Pedro II, foi construído por Chrispim Corrêa da Silva. Ao lado do Chafariz existia um tanque de pedra que servia de bebedouro dos animais e para as lavadeiras executarem suas tarefas nas lavagens de roupas.

- Em 1922, circulava em Valença uma grande atração para a época: o primeiro carro de praça movido à gasolina. O Sr. José Maria Pereira  adquiriu-o em Juiz de Fora.

- Em 2 de março de 1914, fundava-se a Sociedade Carnavalesca denominada “Clube dos Democráticos Valenciano” sob a iniciativa de Armando de Almeida Ribeiro, Antônio Tavares Pereira e João Teixeira.

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- Em 8 de dezembro de 1919, inaugurava-se, com estilo campestre suíço, o belo prédio do Hotel Valenciano, obra realizada pelos competentes construtores Antônio Jannuzzi & Companhia do Rio de Janeiro. Foi uma noite animada em que a dança tomou conta da família valenciana até altas horas da madrugada.

- O primeiro Presidente da Câmara Municipal foi:

José da Silveira Vargas, de 1829 a 1832, ainda não havia o cargo de Prefeito, sendo que quem respondia por tal ocupação era o Presidente da Câmara.

 

A Câmara era composta com os seguintes vereadores:

- João Pinheiro de Souza

- Capitão Domingos Martins Moreira

- Capitão João Crysostomo de Vargas

- Capitão Miguel Joaquim Bernardino

- Tenente Francisco Antônio de Almeida Gama

- José Joaquim da Luz

- O primeiro Prefeito de Valença foi:

Coronel Carlos Antônio Ferraz, de 1922 a 1923, assumindo depois o Coronel Manoel Joaquim Cardoso, de 1924 a 1926.

 

Este é um pequeno resumo pesquisado da História de Valença, um município com um passado de muitas glórias, cidade que passou por vários ciclos importantes, como o do ouro, o café e períodos de desenvolvimento industrial e social. Valença vem de uma recessão econômica com a retirada da Rede Ferroviária a partir de 1967, gerando grande crise na bacia leiteira, uma das mais prósperas do Estado do Rio. Valença, mais uma vez obriga-se a adaptar-se a novo ciclo de prosperidade, cujo caminho vem apontando e, não é de hoje, que o turismo está em alta. Valença é um município predestinado a um grande futuro. Assim foi a visão do Visconde do Rio Preto, assim deve ser a visão da nova geração que, em confiança ilimitada deverá dar continuidade a história desse município com novas perspectivas e alternativas. O ponto de encontro do passado e do futuro será encontrado e a partir de então, a crença em seu futuro será exacerbado, tal como foi no passado.

 

Dados de Valença:

 

Contagem da População Censo de 2007:       70.850

Área da unidade territorial (Km²):       1.305

Altitude: 560m

Latitude: 22° 24’ 55”

Longitude: 43° 70’ 02”

Clima: Tropical de Altitude

DDD: 24

CEP: 27.600.000 (na cidade)

Localização:

Valença localiza-se entre os vales dos Rios Preto e Paraíba do Sul, o primeiro já nos contrafortes da Serra da Mantiqueira.

Municípios Limites:

- Norte: estado de Minas Gerais (Rio Preto e Santa Rita de Jacutinga)

- Sul: Barra do Piraí

- Leste: Rio das Flores e Vassouras

- Oeste: Barra Mansa e Quatis

 

Acesso:

Vindo do Rio de Janeiro, saindo da Linha Vermelha, seguir pela Rod. Presidente Dutra (BR 116) até a entrada de Piraí. Continuar pela RJ 145 (Piraí - Manuel Duarte) até o centro da cidade de Valença.

Duração do Percurso: 2h30 min

 

Vindo de São Paulo, o acesso também é pela Via Dutra, entrando em Barra Mansa ou Volta Redonda, e destas até o Belvedere de Barra do Piraí pela BR 393, entrando à esquerda na RJ 145.

 

Distância do Rio de Janeiro: 160 km

Distância de São Paulo: 460 km

Distância de Belo Horizonte: 385 km

Distância de Juiz de Fora: 105 km

Distância de Volta Redonda: 70 km

Distância de Resende: 120 km

 

Principais Rios:

Rio Paraíba, Rio Preto, Rio das Flores e Rio Bonito.

 

Distritos: Valença(sede), Barão de Juparanã (2º distrito); Santa Isabel do Rio Preto (3º distrito); Pentagna (4º distrito); Parapeúna (5º distrito); Conservatória (6º distrito).

Ponto Culminante do Município:

Pico do Cavalo Russo (1.200m) situado na Serra da Beleza, entre Conservatória e Santa Isabel.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Valença - Cultura e Turismo

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Valença

Nos áureos tempos do café, a riqueza gerada pela bebida que encantava europeus e americanos ergueu em Valença fazendas, obras e monumentos que se perpetuariam no Vale do Paraíba. Nos dias de hoje, o turismo coroa uma natureza exuberante e uma história marcada por fatos e personagens importantes, desta que sempre se destacou como uma das mais belas cidades do estado, com seus casarios e praças de elegante imponência.

O desenvolvimento de Valença foi calcado na exploração econômica da cultura do café, como pode ser percebido na visitação às suas belas Fazendas Históricas. Tendo por base a mão-de-obra escrava, a cidade chegou a ter a maior população negra da província, fato que marcou sua cultura popular com uma forte influência de origem africana. A abolição da escravatura representou um duro golpe em sua economia, mas Valença reergueu-se com louvor, passando à atividade pecuária, com destaque para a produção de leite. A instalação de indústrias têxteis trouxe novamente o desenvolvimento da economia e da cultura, traduzidas no patrimônio histórico das antigas fábricas e construções art-déco do início do século XX. O florescimento da educação trouxe para a cidade sete faculdades que hoje abrigam quase 5 mil estudantes.

Com cerca de setenta e nove mil habitantes, sendo o segundo maio município em extensão territorial. Valença está a oeste do Estado do Rio de Janeiro, entre o rios Paraíba do Sul e Preto, e cativa os visitantes pelo seu clima agradável, pela hospitalidade e pela tranquilidade estampadas em cada recanto dos seus distritos: Valença, Barão de Juparanã, Santa Isabel do Rio Preto, Pentagna, Parapeúna e a famosa Conservatória.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ATRATIVOS TURÍSTICOS DE VALENÇA

PARQUE MUNICIPAL AÇUDE DA CONCÓRDIA

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O açude apresenta 4.170m de contorno em linhas irregulares e profundidade variável, com águas transparentes, frias e de coloração esverdeada. Está inserido numa floresta de pequeno e médio porte, onde são encontradas as seguintes espécies animais: inhambu, mico-estrela, juriti, jacu e diversas espécies de pássaros. Possui uma ilha com árvores de pequeno e médio porte.

Não há possibilidade de banhos no açude, pois o atrativo se caracteriza como área de bacia protegida. Não é permitida a caça no local, somente pesca de linha. A paisagem circundante se caracteriza pelos morros da Serra da Concórdia, de topos arredondados, vegetação de pastagem e duas áreas de vegetação densa de médio porte. Em seu entorno, pode-se fazer uma bela caminhada em partes gramadas e arborizadas, passando em trechos por mata fechada. Durante o percurso a paisagem circundante é refletida no espelho das águas do açude.

Localização: Estrada RJ-145/Km 45 (acesso por estrada de terra).

Telefone: (24) 2453-2615

MIRANTE DO CRUZEIRO MONSENHOR NATANAEL DE VERAS ALCÂNTARA

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(800 metros de altitude)

Do centro da cidade tem-se o acesso à Esplanada do Cruzeiro, mirante de onde pode-se observar, em primeiro plano, a cidade, e em segundo plano as Serras dos Mascates, das Coroas, da Boa Vista e Tunifel. No local há uma praça e uma cruz de concreto, medindo 11,20 metros de altura por 5 metros de braço. O momento foi idealizado pelo Monsenhor Natanael de Veras Alcântara para comemorar o sesquicentenário da primeira missa em Valença (1953).

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É uma das mais belas cachoeiras da região. LCachoeiras - Ronco D'águaá encontramos cachoeira formada pelo Rio das Flores com altura de 12 metros, piscina natural, bar, sanitários e áreas para camping.

Localização: Estrada RJ-143 – Valença / Conservatória. Bairro Rancho Novo 

CATEDRAL DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIACATEDRAL

 Características arquitetônicas

A catedral de N. S. da Glória impõe-se à cidade no alto de uma ladeira, sendo alcançada por uma escadaria em cimento na fachada e de cantaria na lateral. Sua planta segue o esquema das igrejas do século XVIII, com nave central e dois corredores laterais. Atualmente sua fachada apresenta linhas ecléticas mescladas com o colonial e neoclássico. Internamente mantém suas características originais do neoclássico. As manifestações artísticas de maior interesse que se destacam são: A imagem de N. S. da Glória em madeira policromada feita na Europa em 1866, obras de talha da capela - mor e diversas outras imagens em madeira como a de São Miguel Arcanjo.

Aspectos Históricos

Em substituição à capela dos índios Coroados, em 1820, deu-se início à construção, em pedra e cal, do corpo principal da igreja em estilo colonial. Anos mais tarde, através de concessões de loterias, o consistório e obras em talha da capela são concluídos em 1857. Até 1871, o templo era despido de torre existindo apenas um campanário em ponto pequeno ao lado da igreja, desde então deu-se início a construção de duas torres que recebeu uma delas, um relógio francês. Em 1917, além de reconstruídas as torres do templo que haviam sido demolidas por motivo de desabamento, a matriz de N. S. da Glória têm sua fachada remodelada adquirindo então elementos da arquitetura eclética, aspecto que ostenta atualmente.

Localização: Praça Pe. Gomes Leal, nº 365, Centro.

Horário: De segunda à segunda-feira, das 6:30h às 18:00h

Data da construção: 1820 / 1917

Tel.: (24) 2453-4248

MUSEU DA CATEDRAL DE NOSSA SRA. DA GLÓRIA

Características arquitetônicas

O espaço ocupado atualmente pelo Museu na Catedral, fora construído por volta de 1871, quando da construção das torres. Compõe este acréscimo de um amplo corredor de dois pavimentos, sendo o superior ocupado pelo Museu, onde existem 8 portas com sacadas de ferro batido e suportes para lampadários de vidro azul.

Aspectos Históricos

O Museu foi idealizado pelo Monsenhor Natanael de Veras Alcântara, que havia reunido o acervo por volta de 1950. Em 1996, o casal Sr. Mário Cupello e Sra. concretizaram a idéia. O acervo do Museu é representativo da arte sacra da região. Merecem destaque a pia batismal de 1809 em madeira, a custódia de prata de 1806, o sino que anunciou a abolição da escravatura, a primeira imagem da padroeira N. S. da Glória vinda de Portugal em 1817, paramentos do 1° bispo de Valença, a imagem de Sta. Cicília em madeira policromada do séc. XIX, entre outras peças.

Localização: Praça Pe. Gomes Leal, nº365, Centro

Data de construção: 1820 / 1917

Tel.: (24) 2453-4248

CASA LÉA PENTAGNA

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Características Arquitetônicas

O “casarão do Alto do Barcellos”, como ficou conhecido durante anos, foi construído em meados do séc. XIX pelo açoreano Manoel Machado Barcellos. Sob influência do neoclássico o casarão passou por duas grandes reformas que terminou por modificar por completo suas fachadas, a última, realizada em 1927 pelo arquiteto Luigi Merulla, segue as linhas do movimento do ecletismo dos anos 20. Em torno da casa a presença dos jardins, tradicionais na “Belle Epóque”. Internamente o casarão mantém as estruturas originais das casas neoclássicas do séc. XIX, embora tenha recebido pinturas murais do tipo estêncil muito em moda nos anos 20. O acervo é composto em grande parte por obras de arte, mobiliário. Destacando-se o jogo de sala Luís Philip, um “recamier” com palhinha, sala de jantar com 12 cadeiras, em couro lavrado, mesa chinesa com incrustações em madre pérola e marfim. A influência italiana encontra-se presente nos livros da biblioteca, na decoração da sala da lareira, nos discos de Vivaldi. O primeiro modelo para piano, de origem inglesa. Nas paredes, as telas são, na maioria, assinadas pelo pintor espanhol Timóteo Perez Rubio.

Aspectos Históricos

 Nos primeiros decênios do séc. XIX, estabelece em Valença o açoreano da Ilha de Angra do Heroísmo, Manuel Machado Barcellos que adquire a atual casa Léa Pentagna em 1848. Barcellos demole a primitiva casa e reconstrói a atual. A casa permanece nesta família até o final do século XIX, quando os herdeiros de Barcelos se desfazem da casa vendendo-a Brasílio Ferreira da Luz que por sua vez a vende em 1894, aos irmãos italianos Caetano e Vito Pentagna. Vito adquire a parte de Caetano, mas não reside na casa, passa então residir na casa outro irmão de Vito o SRua Nicolao. Com a morte de Vito em 1914 a casa passa a ser residência de outro irmão de Vito o Dr. Ruggero Pentagna que nesta época residia em Piracicaba, estado de São Paulo. A família Dr. Ruggero Pentagna nesta época desfrutava de  pampa e  riqueza proporcionada  pela   expansão da  indústria  têxtil,  da qual foram precursores em Valença. Após a morte do casal Ruggero e Alzira, a casa é herdada pela única filha do casal, Léa Josephina. Ao morrer em 1983, com 74 anos de idade, Léa deixa sua casa em testamento para a Fundação Cultural e Filantrópica Léa Pentagna, com a finalidade de promover, divulgar e incentivar a cultura as artes e a filantropia em Valença.          

  Localização: Rua Vito Pentagna, nº213, Centro.

Data da construção: meados do séc. XIX

Tel.: (24) 2453-4178

MUSEU SANTA CASA DE MISERICÓRDIA

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Características Arquitetônicas

O prédio da antiga Santa Casa da Misericórdia, construído em 1857, constitui de um amplo prédio de um único pavimento, tendo ao centro da construção uma capela que separa duas grandes alas laterais, que originalmente eram destinadas a enfermarias, e ao fundo três grandes salas que antes eram destinadas à sala de operações, banho de sol. Ao longo dos séculos XIX e XX o imóvel sofreu inúmeras intervenções na sua estrutura original.

Aspectos Históricos

Em 1838, fundou-se em Valença a “Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Vila de Valença”, instituição formada pelos mais abastados fazendeiros de café, que tinha como objetivo criar um hospital e asilo para os mais necessitados. Serviu de hospital o atual prédio da Santa Casa, até 1968, quando foi construído outro anexo, desde então a secular construção serviu a faculdade de Medicina que por sua vez funcionou no prédio até 1980. Em 1997, o provedor Dr. Custódio Clemente Pinto transformou parte do prédio em museu. No Museu, que ocupa o antigo Salão Nobre, estão expostos a pinacoteca dos “Barões do Café” e objetos que contam um pouco da história médico-hospitalar em Valença e região. Entre as peças que merecem destaque: o quadro a óleo sobre tela do visconde do Rio Preto e comendador Jannuzzi em corpo inteiro; as telas do visconde de Jaguary, conde de Baependy, barão de Guaraciaba e barão da Vista Alegre; o coche funerário do séc. XIX; louças, móveis, peças cirúrgicas entre outras.

Localização: Rua Cel. Leite Pinto, nº105 - Centro

Data da construção: 1857

Tel.:(24) 2453-1460 ramal 308

IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

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Características Arquitetônicas

 A atual igreja, construída em 1924, em estilo neogótico, reflete o gosto da época, resultado da elaboração de estilos históricos. Internamente a decoração é simples, chama a atenção o altar de mármore e os belos vitrais.

Aspectos Históricos

 A primeira capelinha foi edificada neste local em 1848 pelo negro Miguel Thomás, que não viveu para vê-la pronta em 1853. Sua história, antes quase que restrita aos escravos, foi reescrita nos anos 20 pela elite industrial valenciana, composta na sua maioria pelos empresários Nicolau Pentagna, José Fonseca, entre outros, que patrocinaram com recursos próprios a reconstrução do templo em 1924. 

Localização: Rua Bernardo Viana, nº 120

Data da construção: 1924 a 1948

Tel: (24) 2453- 4248

MUSEU CAPITÃO PITALUGA

ESQUADRÃO TENENTE AMARO

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Características Arquitetônicas:

O Museu ocupa a antiga sede da chácara “Villa Leonor”. De inspiração eclética o antigo casarão de dois pavimentos, foi construído no final século XIX e não apresenta maior riqueza arquitetônica.   

Aspectos Históricos:

A mostra encontra-se instalada na antiga sede da Chácara Vila Leonor, que no passado foi propriedade do arquiteto Antônio Jannuzzi, atualmente ocupada pelo Primeiro Esquadrão de Cavalaria Mecanizada Tenente Amaro. O acervo é composto, na sua maioria, por material bélico, oriundos da Primeira e Segunda Guerra Mundial.

O acervo é composto por fotos sobre a participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB), em particular do Esquadrão Tenente Amaro na 2a Guerra Mundial, peças de fardamento, medalhas, material aprisionado e documentos históricos. A atual exposição foi reinaugurada em 2002.

Localização: Rua Comendador Antônio Jannuzzi, 415, Bairro Belo Horizonte

 Esquadrão Tenente Amaro

Tel: (24) 2452 7363 - Ramal: 26.

MUSEU FERROVIÁRIO

Museu Ferroviário

Características Arquitetônicas

O Centro de Preservação da Memória Ferroviária de Valença, mais conhecido como Museu Ferroviário, está localizado na parte superior da atual Rodoviária Princesa da Serra, cujo prédio serviu de estação ferroviária entre 1913 a 1972. Em estilo Vilino Italiano, o prédio foi construído em 1913 pelo arquiteto italiano Antônio Jannuzzi, que também construiu todo o conjunto de apoio a antiga estação.

Aspectos Históricos

Dentro da programação do dia 29 de setembro de 2001, aniversário do município, aconteceu a inauguração do “Centro de Preservação da Memória Ferroviária de Valença” que funciona no segundo pavimento da Rodoviária Princesa da Serra (antiga Estação Ferroviária). O espaço busca preservar a memória dos leitos ferroviários no município, servindo como justa homenagem ao trabalhador pioneiro daquele que, com a construção e operação das estradas de ferro, introduziu no passado, o progresso de Valença. O projeto do Museu Ferroviário contará com mais dois núcleos de preservação e exposição, nos distritos de Barão de Juparanã e Conservatória.

A primeira ferrovia do país foi implantada no Rio de Janeiro ligando o Porto de Mauá à Raiz da Sena, e inaugurada em abril de 1854. Em Valença, a ferrovia chegou por volta de 1 871 com a inauguração do ramal da Estrada de Ferro União Valenciana, que ligava o município e região à Estrada de Ferro Dom Pedro II que teve seus primeiros 48 quilômetros inaugurados pela família imperial, em 29 de março de 1858.

Esse esforço de colonizar e apoiar o desenvolvimento se espalharia mais tarde por todo país. Hoje, quase trinta anos depois da erradicação dos trilhos em Valença, a inauguração do Museu Ferroviário oferecerá, sobretudo às novas gerações, a oportunidade ímpar de se conhecer objetos, equipamentos, máquinas que testemunham uma fase decisiva da formação da nossa história.

O Museu Ferroviário possui um acervo com mais de 60 peças que contam um pouco da história da ferrovia em Valença, que aqui chegou em 1871 e desempenhou papel importantíssimo na economia da região. Seu objetivo é preservar todo o patrimônio arquitetônico, documental, bibliográfico, iconográfico, fotográfico e outros bens que documentam a história ferroviária do município e região. No acervo destacam-se, entre outros, fotografias, bancos de trem, tinteiros da época, mapas, móveis, maquetes, sino de locomotiva, relógios de parede, etc.

Localização: Pça. Paulo de Frontin, 131 - Centro

Data da construção: 1870

Tel: (24) 2453 6054

CACHOEIRA DE PENTAGNA

Cachoeira de Pentagna

Situa-se na entrada do centro do distrito de Pentagna. A cachoeira está sob a ponte da RJ-147, possuindo altura de 10m. Por ser a cachoeira represada em sua parte superior, as águas que passam a represa formam uma cortina em toda a largura do rio e, a seguir, ocorre uma queda com aproximadamente 10m que, rio abaixo, passa a outro trecho de salto, desaguando numa piscina natural de 40m2. Em seguida, forma outras piscinas e pequenas quedas durante seu curso. A paisagem circundante é urbana. À sua margem esquerda encontram-se casas residenciais e à sua margem direita encontra-se a RJ-147 e podem ser observados morros cobertos por vegetação de pastagem.

Localização: Centro do Distrito de Pentagna

CACHOEIRA DA ÍNDIA

CONSERVATÓRIA - cachoeira da india

Possui dois pequenos saltos, somando uma altura total de 3m, possuindo um poço de área com cerca de 70m2 e de pouca profundidade. A cachoeira está localizada no Rio dos Índios, em área ampla e urbanizada pela implantação do balneário, composto de restaurante, bar, sanitários, campo de futebol society e quadra de vôlei. Mais acima do rio, existem morros de cumes arredondados – área de pastagem. No centro da queda existe uma pedra que apresenta uma escultura de bronze de uma índia Asteca.

Localização: Estrada Conservatória/Valença, s/n° - Bairro: Benfica

PRAÇA DA BANDEIRA

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Em 1923, começa a construção do jardim, que ocupa a área do morro fronteiro à Catedral, então destinado à queima de fogos de artifício, por ocasião das festividades que ali se celebravam. É de estilo francês sob plano de Octacílio Rocha, sendo modificado pelo engenheiro italiano Dr. Mário Beti. Cercado de oitis, o jardim tem ao centro um chafariz todo em pedra, projetado pelo arquiteto Luís Jannuzzi que aproveitou as pedras retiradas do antigo calçamento da cidade. Ao seu redor, concentra algumas construções históricas de interesse, como por exemplo, na mesma ladeira de acesso à Catedral, está o prédio do Colégio Estadual Benjamin Guimarães, construído em 1921, sobre as ruínas de um casarão que ali se situava, incendiado em 1901.

Localização: Centro da cidade.

Praça XV de Novembro

Jardim de Baixo

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Parque ajardinado, verdadeiro recanto de paz em meio à agitação do centro da cidade, com lago, chafariz e vegetação exuberante. Sua construção foi determinada pelo presidente da Câmara João Rufino F. de Mendonça, sendo inaugurado em 1884. A transformação do grande descampado foi realizada sob projeto do arquiteto, paisagista e botânico francês Auguste François Marie Glaziou, que veio para o Brasil em 1858, a convite de D. Pedro II. Passear por suas alamedas é um convite à comunhão com a natureza. Suas linhas são do estilo inglês. Árvores frondosas, centenárias, de várias espécies, como jameleiras, figueiras, acássias, palmeiras, se misturam com sabiás, bem-te-vis e o bicho preguiça (Bradypus Variegatus), que completam o quadro bucólico. Espalhados pelo parque há vários monumentos, entre eles o Busto do Comendador Antônio Jannuzzi, construído em 1915; o Divã de Cantaria, de 1851; o Chafariz, onde os escravos encontravam-se para encher os tonéis d’água, lavar roupa e conversar. O chafariz foi construído em 1850, e se constituía como principal abastecimento de água da cidade.

Localização: Centro da cidade.